PÁGINAS

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O QUE É SER WESLEYANO HOJE?



    São três as características que distinguem a Teologia Wesleyana das demais: a Graça Preveniente do Espírito Santo; a Perfeição Cristã ou Doutrina da Inteira Santificação e o Testemunho do Espírito Santo.

    Ser wesleyano hoje é viver e proclamar a mensagem mais relevante para o Brasil, o que desencadeia numa vida na contra mão das igrejas evangélicas existentes.

    Ser wesleyano no contexto brasileiro significa renovar o compromisso com a teologia da cruz, que tem por objetivo enfatizar a centralidade da palavra de Deus resgatando o arrependimento, a fé em Jesus Cristo e o poder do Espírito para vencer o pecado; e ao ser liberto, viver em justiça e santidade diante de Deus, atendendo o chamado de renuncia para seguir ao Senhor, colocando-o acima de sua própria vontade. Renovar o compromisso com a evangelização, começando com a ênfase na necessidade de uma experiência pessoal com Cristo, se arrependendo e se entregando totalmente a Ele.

    Recuperar a ênfase na mensagem radical, pregar com ousadia mostrando convicção na defesa da verdade. Saber lidar, conforme a Palavra, com temas como a homossexualidade, injustiça, aborto e outros. Há necessidade da proclamação aberta da Palavra e também da vida exemplar por parte de um cristão.

    Renovar o compromisso com a missão integral, preocupando-se com a salvação da alma e com a restauração do corpo, visando o homem como um todo. Se preocupar com a estrutura social, não só com o indivíduo. É importante trazer à tona a preocupação com a dimensão pública da fé, pensando em como lidar com as questões políticas, ambientais e sociais do país.

    Renovar o compromisso com a vocação leiga, a evangelização não é só tarefa dos pastores, mas principalmente dos leigos, esses estarão no dia a dia manifestando o amor para com o mundo e falando acerca de Jesus.

    É fundamental que os leigos tenham gratidão pela sua nova dignidade perante Deus e o mundo, exercendo seu papel de cidadãos dos céus e embaixadores como membros da igreja, não sendo considerados inferiores aos pastores.

    Falar de arrependimento de pecados, não é algo que cai no agrado do povo, e em geral, igrejas com estilo de vida como esse não cresce muito numericamente. Observe atentamente o crescimento das “mega igrejas”, a mensagem disseminada dentro desses “templos”, são as que agradam as pessoas. Pastores e líderes estão sendo tentados a aplicar métodos empresariais para crescimento numérico acelerado de igrejas.

    Contudo, ser wesleyano hoje é enfatizar a santidade e a transformação do caráter diante dos escândalos que nos permeiam; é adotar uma posição impopular.

Thiago Vitor

O AVIVAMENTO WESLEYANO



"Eu me coloco em chamas, e o povo vem para me ver queimar"
John Wesley respondendo à pergunta de como ele atraía as multidões. 

"Dai-me cem homens que nada temam senão o pecado, e que nada desejam senão a Deus, e eu abalarei o mundo"
John Wesley 









    O Grande Reavivamento dos anos 1739 - 91 é frequentemente chamado de Reavivamento Wesleyano. É que, embora Deus tivesse usado grandemente George Whitefield, os dois irmãos Wesley e dúzias de pregadores leigos para acender o fogo de reavivamento, John Wesley pregou em mais lugares, a mais pessoas e durante um maior número de anos do que os outros. Ele também fez mais para conservar o fruto do reavivamento. John Wesley foi claremente o líder escolhido por Deus para este impressionante despertamento espirtual. - Wesley Duewel, O Fogo de Reavivamento.



    John Wesley nasceu no dia 17 de junho de 1703, em Epworth, Lincolnshire, Inglaterra. Com dezessete anos ele começou estudar teologia na faculdade de Oxford, e recebeu sua diploma de bacharel em 1724 e seu doutorado em 1727. Ele foi consagrado ministro da igreja Anglicana (Igreja da Inglaterra) em 1724. John continuou na faculdade de Oxford, onde ele era membro do Conselho da Faculdade Lincoln e professor de grego.


    Em 1729 Charles Wesley, o irmão de John, e mais dois estudantes começaram um pequeno grupo que se reunia para oração, estudo bíblico e encorajamento mútuo. John logo tornou-se o líder do grupo, que era chamado o "Clube Santo". Eles usavam um sistema metódico de auto-exame e auto-disciplina, e por este motivo foram chamados de 'metodistas' por alguns. O grupo nunca cresceu muito, variando entre 10 e 15 membros, com um máximo de 25. Um outro jovem chamado George Whitfield juntou-se ao grupo depois de alguns anos, tornando-se um grande amigo de John Wesley.

    Em outubro de 1735 John e Charles Wesley viajavam para América como missionários, porém depois de um pouco mais que dois anos, John voltou a Inglaterra, em fevereiro de 1738, preocupado com sua própria salvação. "Fui para a América converter os índios", ele lamentou, "mas, oh, quem vai me converter?". Poucos meses depois, no dia 24 de maio, John teve uma experiência na qual ele obteve a certeza da sua salvação pelá fé. Poucos anos depois, John e outros membros do Clube Santo tiveram uma experiência poderosa de enchimento com o poder do Espírito Santo:


    No dia do Ano Novo, 1739, John e Charles Wesley, George Whitefield(Foto ao lado) e mais quatro membros do Clube Santo fizeram uma festa de amor (santa ceia) em Londres. 'Cerca de três da manhã, enquanto estávamos orando, o poder de Deus caiu tremendamente sobre nós, a tal ponto que muitos gritaram de alegria e outros caíram ao chão (vencidos pelo poder de Deus). Tão logo nos recobramos um pouco dessa reverência e surpresa na presença da Sua majestade, começamos a cantar a uma voz: "Nós te louvamos, ó Deus; Te reconhecemos como Senhor"'. Este evento foi chamado de Pentecoste Metodista. - Wesley Duewel, O Fogo de Reavivamento. 


    A partir deste dia, um grande avivamento começou. Dentro de um mês e meio, George Whitfield estava pregando para multidões de milhares, com John Wesley fazendo o mesmo dentro de três meses. Com apenas 22 anos de idade, Whitefield começou a pregar ao ar livre: As multidões aumentavam diariamente até chegar a vinte mil ouvintes. Os mais ricos ficavam sentados em seus coches e outros em seus cavalos. Alguns sentavam nas árvores e em toda parte o povo se reunia para ouvir Whitefield pregar. Todos eram às vezes levados a chorar, conforme o Espírito de Deus descia sobre eles.


    Whitefield continuava insistindo com Wesley para ir a Bristol e ajudá-lo. Em abril, Wesley ficou ao lado de Whitefield em Kingswood, ainda questionando se era adequado falar fora do prédio da igreja. Naquela noite Whitefield pregou sobre o Sermão do Monte. De repente compreendeu que Jesus também pregara ao ar livre. Whitefield voltou a Londres e no dia seguinte Wesley pregou então a três mil ao ar livre em Kingswood. Ele permaneceu em Bristol durante dois meses, mais ocupado do que nunca. Seus cultos das 7 horas da manhã de domingo geralmente tinham de cinco mil a seis mil ouvintes. 


    Ali, para surpresa de Wesley, ele começou a observar o Espírito Santo convencendo poderosamente as pessoas de seus pecados enquanto pregava. Indivíduos bem vestidos, arrogantes e de coração endurecido, repentinamente gritavam como se estivessem em agonia. Tanto homens como mulheres, dentro e fora dos prédios das igrejas, tremiam e caíam no chão. Quando Wesley interrompeu seu sermão e orava em favor deles, logo encontravam paz e rejubilavam-se em Cristo.


    Um quacre, grandemente aborrecido com os gemidos e gritos das pessoas que eram convencidas de seus pecados, foi repentinamente atirado ao chão em profunda agonia por seus próprios pecados. Depois de Wesley ter orado, o quacre exclamou: "Agora sei que és um profeta do Senhor". Cenas similares ocorream em Londres e Newcastle. Wesley não encorajava essas reações emocionais e declarou que poderia haver casos de fingimento. Ele falava sempre em voz calma e controlada, sem mostrar emoção. Mas reconheceu também que o poder de Deus estava operando, convencendo e transformando pessoa após pessoa. -Wesley Duewel, O Fogo de Reavivamento


    Whitefield continuo pregando a milhares, na Inglaterra e nos Estados Unidos, até sua morte, aos 56 anos, em 1770. Ele e o John Wesley tiveram uma diferença de teologia, com o Whitefield se tornando calvinista e associando-se à igreja Presbiteriana, porém os dois permaneceram grandes amigos. Sabendo das suas diferenças doutrinárias, alguem perguntou a Whitefield se ele achava que iria ver o John Wesley no céu. "Temo que não", ele respondeu, "ele estará tão perto do trono eterno, e nós tão distantes, que quase não veremos ele". 


    O ministério de evangelismo do Wesley continuou a crescer, e ele começou a criar "sociedades de avivamento" nos lugares onde ele ministrava. Este grupos pequenos se reuniam para oração, encorajamento e estudo bíblico. No início Wesley encorajava os grupos a permanecer na Igreja na Inglaterra, mas diferenças com a igreja a respeita a seu estilo de pregação ao ar livre, sua mensagem de salvação pela fé, e sua utilização de leigos como pregadores e líderes das sociedades, levou ao estabelecimento da igreja Metodista.


    John Wesley viajou extensivamento, na Inglaterra e na Ámerica, e o fogo de avivamento se espalhou rapidamente. Em agosto de 1770 havia 29.406 membros, 121 pregadores e 50 zonas na Inglaterra,inúmeros pregadores e 100 capelas nos Estados Unidos. Quando Wesley morreu, no dia 2 de março de 1791, havia mais de 120.000 metodistas nas suas sociedades.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

TODOS SOMOS ESCRAVOS


    Ninguém é livre. Todos somos escravos. O que muda é o senhorio. O homem e a mulher, o jovem e o adulto, o crente e o descrente – ninguém faz exatamente o que deseja. Todos agem pela força de impulsos dominantes que se alternam na mente de cada um. Paulo explica esse fenômeno: “A carne deseja o que é contrário ao Espírito e o Espírito o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam”. Gálatas 5.17

    Chama-se de carne a natureza pecaminosa que acompanha e persegue o ser humano desde a queda. Trata-se de uma dificuldade nata que arrasta a pessoa para baixo. Para designar a carne, usa-se, no vocabulário cristão, a expressão “pecado residente”. A literatura secular refere-se ao mesmo problema, com expressões diferentes, embora sinônimas: “o lado ruim”, “o lado animal”, “o lado negro”, “o lado diabólico”, “a parte maldita”, “o fantasma interior” e por ai vai.

    Chama-se de Espírito a terceira pessoa da Santíssima Trindade, o consolador, aquele que Jesus prometeu enviar após sua ascensão João 14.16-18. O Espírito ocupa o coração do pecador que se converte a Jesus e assegura sua salvação. O ministério do Espírito dentro do coração do crente é consolar, santificar, guiar, consolidar a salvação e garanti-la, tornar Jesus cada vez mais conhecido e produzir frutos saudáveis e contrários às obras da carne.

    Por serem assumidamente opostos, a carne e o Espírito contendem entre si. O crente será escravo da carne ou do Espírito. No primeiro caso, ele é chamado de crente carnal; no segundo de crente espiritual I Coríntios 3.1-3. Quando carnal, ele se envolve com obras próprias da natureza humana, como inimizades, brigas, inveja, imoralidade sexual etc. Quando espiritual, ele se envolve com frutos próprios do Espírito, como amor, paz bondade, domínio próprio etc. Gálatas 5.19-24.

    Enquanto no Egito, o povo eleito era escravo de Faraó. Os egípcios “os sujeitavam a cruel escravidão. Tornaram-lhes a vida amarga, impondo-lhes a árdua tarefa de preparar o barro e fazer tijolos, e executar todo tipo de trabalho agrícola” Êxodo 1.13-14. Enquanto no deserto e na terra prometida, o mesmo povo eleito era escravo do Senhor. Está escrito: “Os israelitas são escravos do Senhor Deus, que os tirou do Egito; eles não deverão ser vendidos como escravos” Levítico 25.42. A primeira escravidão é opressora; a segunda, libertadora.

    Jesus declarou que “todo aquele que vive pecando é escravo do pecado, mas se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres” João 8.31-36. Todavia, o crente só é livre do pecado quando se torna escravo do Senhor Jesus. Paulo explica que “ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados” Colossenses 1.13-14. Os Cristãos são libertos de um reino “o domínio das trevas” para outro “o domínio da luz”. A escolha que se faz é entre esses dois reinos.

P.S. Texto extraido da revista Ultimato.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

DECLARAÇÃO PESSOAL



T H I A G O  V I T O R




  1. Obedecerei, respeitarei, amarei e honrarei meus pais até o fim de suas vidas ou termino da minha.
  1. Respeitarei, amarei e honrarei meus irmãos Lucas e Israel Jr. e suas respectivas esposas e filhos por toda minha vida.
  1. Serei fiel ao voto matrimonial.
  1. Amarei e Educarei meus filhos de acordo com a disciplina e o conselho do Senhor. Estarei presente e atento as dificuldades particulares que enfrentarão ao longo da vida.
  1. Respeitarei, amarei e honrarei meu sogro e sogra, cunhados e respectivas esposas e filhos por toda minha vida.
  1. Respeitarei e amarei todos meus familiares; avôs e avós, tios e tias, primos e primas, e estarei presente na vida deles, assim como eles sempre estiveram na minha.
  1. Usarei o tempo disponível para estudar a Bíblia e aperfeiçoar meu currículo acadêmico.
  1. Serei mestre, discipulador e pastor. Ensinarei, acompanharei e cuidarei de minhas ovelhas.
  1. Proclamarei as boas novas do evangelho, falarei do amor de Cristo e morrerei se necessário proclamando.
  1. Submeterei, obedecerei e apoiarei meus pastores e líderes.
  1. Amarei meus irmãos em Cristo como amo a mim mesmo. Serei servo, amigo e irmão, estenderei minhas mãos quando mais precisarem de mim e não os abandonarei em tempos de guerra.
  1. Orarei e jejuarei pela paz e unidade do corpo de Cristo.